Por Josh Smith
SEUL (Reuters) - A situação alimentar da Coreia do Norte continua perigosa, de acordo com analistas e um especialista da Organização das Nações Unidas (ONU) que expressaram dúvidas sobre a colheita do país nesta semana, e há sinais de que o regime está recebendo grandes suprimentos de ajuda humanitária da China.
A Coreia do Norte sofre de insegurança alimentar há tempos, e observadores dizem que a má administração governamental da economia é exacerbada por sanções internacionais, desastres naturais e agora a pandemia de Covid-19, que provocou interdições inéditas na fronteira.
O país costuma contar com importações e auxílio da China para compensar suas safras ruins, mas suas rígidas interdições fronteiriças autoimpostas para conter um surto de coronavírus reduzem o comércio a níveis mínimos e criam dúvidas sobre sua capacidade de superar a escassez de alimentos.
As sanções internacionais impostas em reação ao programa de armas nucleares norte-coreano causam obstáculos adicionais, e deveriam ser amenizadas para afastar uma crise humanitária, disse um investigador de direitos humanos da ONU em um relatório visto pela Reuters nesta semana.
Apesar de seus problemas econômicos, a Coreia do Norte continua a desenvolver seus arsenais de armas nucleares e mísseis balísticos, tendo testado um série de novos mísseis de curto alcance nas últimas semanas, e a construir uma grande extensão para a instalação que abriga seu principal reator nuclear, o que analistas disseram que pode visar enriquecer mais urânio para armas.