BISHKEK (Reuters) - Guardas nas fronteiras de Quirguistão e Tadjiquistão trocaram tiros nesta quinta-feira após um impasse por conta de uma estrada bloqueada, no último conflito entre os ex-vizinhos soviéticos após um incidente violento semelhante que matou dezenas de pessoas no ano passado.
A fronteira entre os dois países, ambos com bases militares russas e aliados próximos do governo de Moscou, é precariamente demarcada.
O secretário-geral da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), Stanislav Zas, pediu o cessar-fogo imediato na fronteira, segundo a agência de notícias RIA reportou.
Segundo a agência, Zas, que comanda a organização liderada pela Rússia, conversou com autoridades de Segurança do Quirguistão e do Tadjiquistão.
"O conflito armado na fronteira Tadjique-Quirguiz deve ser imediatamente suspenso", afirmou Zas, segundo a agência de notícias.
Ele também afirmou que a CSTO, da qual ambos os países são membros, está de prontidão para ajudar a resolver o conflito.
Autoridades quirguizes afirmam que cidadãos tadjiques bloquearam uma estrada entre o centro provinciano Batken e a vila quirguiz de Isfara. Guardas da fronteira de ambos os lados conseguiram desbloquear a via, mas então um conflito foi iniciado.
O governo da província disse que não há informações sobre vítimas. O serviço de guarda da fronteira do Tadjiquistão não comentou imediatamente. Uma autoridade local da vila de Isfara no lado Tadjique escreveu no Facebook (NASDAQ:FB) que foi o lado quirguiz que bloqueou a estrada.
Pelo menos 49 pessoas foram mortas em combates entre os dois países predominantemente muçulmanos em abril do ano passado, em um conflito que escalou após um incidente semelhante na fronteira.
(Reportagem de Olga Dzyubenko)