Por Rafiq Sherzad
JALALABAD, Afeganistão (Reuters) - Um soldado norte-americano e outro afegão morreram durante uma troca de tiros entre forças afegãs e da coalizão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em um complexo onde um diplomata dos Estados Unidos e o governador de uma província se reuniam no leste do Afeganistão, disseram fontes dos EUA e da polícia.
Alguns membros das duas partes ficaram feridos no tiroteio, ocorrido pouco depois de o diplomata sair do complexo a bordo de um helicóptero, de acordo com fontes norte-americanas e afegãs.
Os soldados da Otan envolvidos no incidente eram norte-americanos, segundo a polícia afegã, e deixavam o local para voltar ao Campo Gamberi, no leste do país, onde estão baseados.
A Otan emitiu um comunicado afirmando que um de seus soldados foi morto, sem divulgar sua nacionalidade, embora uma fonte dos EUA tenha dito à Reuters que o soldado morto era norte-americano e que dois compatriotas seus ficaram feridos no confronto.
Dois soldados afegãos também se feriram durante os disparos, e não ficou claro quem atirou primeiro, declarou a polícia, acrescentando que um soldado afegão está sendo interrogado. A corporação disse não ter outros detalhes sobre as baixas norte-americanas.
A embaixada dos EUA em Cabul emitiu uma declaração sobre o incidente sem mencionar baixas.
A frequência de "ataques de gente de dentro" no Afeganistão despencou este ano, já que a maioria das tropas estrangeiras se retirou da nação em 2014.
Um pequeno contingente de cerca de 12 mil tropas da Otan continua em solo afegão para treinar as forças locais desde que a missão de combate se encerrou oficialmente no ano passado.
O Taliban declarou algumas vezes que os ataques de gente de dentro refletem sua capacidade de infiltrar o inimigo, mas as forças afegãs e da coalizão afirmam que é mais comum os incidentes acontecerem em função de mal-entendidos ou discussões entre as tropas.