LOS ANGELES (Reuters) - O diretor Spike Lee disse querer que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assista sua nova produção, "Infiltrado na Klan", como um filme apaixonado e tenso, mas às vezes engraçado, sobre as relações raciais nos EUA ao longo das décadas.
Baseado na história real de um policial afro-norte-americano que se infiltrou na Ku Klux Klan nos anos 1970, ele estreia nos cinemas nesta sexta-feira.
Spike Lee disse que o lançamento no final desta semana foi calculado para marcar o aniversário de um ano dos choques violentos entre nacionalistas brancos e manifestantes antirracistas em Charlottesville, no Estado da Virgínia, nos quais uma mulher morreu.
No ano passado Trump recebeu muitas críticas por culpar os dois lados pela violência, e novas imagens dos protestos foram incluídas no filme.
"Quero que o cara na Casa Branca assista também. Mas não digo seu nome", disse Spike Lee à Reuters Television na estreia do título em Beverly Hills na quarta-feira.
"Quando vi o ato horrível de terrorismo doméstico de raiz americana, soube na hora que queria fazer isso", afirmou ele a respeito dos eventos em Charlottesville.
Topher Grace, que interpreta David Duke, líder da KKK na década de 1970, disse que o elenco e a equipe ficaram impressionados com a atualidade do filme enquanto o gravavam.
"Fica mais e mais contemporâneo a cada segundo que passa, infelizmente. Este filme não deveria ser mais contemporâneo agora do que quando se passa, mas infelizmente é", disse o ator.
"Infiltrado na Klan", também estrelado por Adam Driver e John David Washington, foi elogiado pela crítica e teve 100 por cento de aprovação do site de resenhas Rotten Tomatoes.
(Por Simon Thompson para a Reuters Television)