COLOMBO (Reuters) - O Sri Lanka elegeu Anura Kumara Dissanayake, de tendência marxista, como seu novo presidente neste domingo, confiando na promessa do político de 55 anos de combater a corrupção e reforçar a frágil recuperação econômica do país após a pior crise financeira das últimas décadas.
Dissanayake, que não possui linhagem política como alguns de seus rivais na eleição presidencial, liderou do início ao fim durante a contagem dos votos, superando o presidente em exercício Ranil Wickremesinghe e o líder da oposição Sajith Premadasa para se tornar o 10º presidente do Sri Lanka.
A eleição também serviu como um referendo sobre o mandato de Wickremesinghe, que liderou a frágil recuperação econômica do país altamente endividado após um colapso em 2022, mas as medidas de austeridade que foram fundamentais para essa recuperação prejudicaram a tentativa dele de se manter no cargo. Ele terminou em terceiro lugar, com 17% dos votos.
Dissanayake obteve 5,6 milhões, ou 42,3% dos votos, muito mais do que os 3% que conseguiu na última eleição presidencial em 2019.
Premadasa ficou em segundo lugar, com 32,8%, após a primeira rodada de contagem de votos neste domingo.
Foi a primeira vez na história do Sri Lanka que a corrida presidencial foi decidida por uma segunda rodada de contagem depois que os dois principais candidatos não conseguiram obter os 50% obrigatórios de votos para serem declarados vencedores.