BENI (Reuters) - Supostos militantes islâmicos mataram pelo menos 22 civis com facas e facões em uma ação noturna em vilarejos perto da cidade de Beni, no leste da República Democrática do Congo, disse uma autoridade local nesta quarta-feira.
O ataque ocorreu mais de três semanas depois que o governo declarou lei marcial em Kivu do Norte e Ituri, duas províncias que fazem fronteira com Uganda, em uma tentativa de conter o agravamento do derramamento de sangue.
Um bebê de quatro meses foi encontrado vivo nas costas de uma das vítimas, uma de sete crianças da mesma família que se acredita terem ficado órfãs no mais recente episódio de violência que atingiu vários vilarejos cerca de 40 km a leste de Beni.
"Eles me deram o bebê para alimentar porque ela estava chorando", disse a irmã da mulher, Kavira Mwisha, segurando o bebê contra o peito. "Apelo ao governo para acabar com esta guerra."
Jean-Paul Katembo, chefe da comuna de Bulongo, disse que o número conhecido de mortos é 22, incluindo mulheres e crianças. Acredita-se que vários outros moradores foram sequestrados, afirmou ele, culpando as Forças Democráticas Aliadas (ADF), uma milícia de Uganda ativa no leste do Congo desde os anos 1990.
(Reportagem de Erikas Mwisi Kambale)