Por Deisy Buitrago
CARACAS (Reuters) - A Suprema Corte da Venezuela aprovou nesta sexta-feira um pedido de extradição à Itália do ex-ministro do Petróleo e ex-presidente da petroleira estatal venezuelana PDVSA Rafael Ramírez devido a acusações de corrupção.
Autoridades iniciaram um inquérito sobre Ramírez no final de 2017 por suspeita de corrupção e pediram a decretação de um alerta vermelho da Interpol no início de 2018, pouco depois de ele renunciar ao cargo posterior de embaixador venezuelano na Organização das Nações Unidas (ONU) e começar a criticar publicamente a maneira como o presidente Nicolás Maduro conduzia a economia, que continua em queda livre.
Ramírez não respondeu de imediato a um pedido de comentário. Ele já havia negado as acusações de corrupção, dizendo que o governo tenta silenciar uma voz crítica.
Em uma postagem no Facebook, a Suprema Corte, antes chamada de Supremo Tribunal de Justiça, disse que Ramírez é alvo de acusações criminais como desvio de recursos e manipulação de licitações de contratos de petróleo.
O paradeiro de Ramírez é desconhecido desde que ele deixou seu posto na ONU.
Nos Estados Unidos, ele enfrenta uma ação civil da Harvest Natural Resources, uma petroleira que alega que Ramírez e outros pediram um suborno de 10 milhões de dólares para aprovar a venda de suas operações na Venezuela a um comprador preferido pela empresa.
(Reportagem adicional de Luc Cohen, em Nova York, e Marianna Parraga, na Cidade do México)