Por Kathy Finn
LAFAYETTE, EUA (Reuters) - Um homem de 59 anos que esteve internado em um hospital para tratamento psiquiátrico foi identificado pelas autoridades nesta sexta-feira como o atirador que matou duas pessoas em um cinema lotado no Estado norte-americano da Louisiana antes de se matar com um tiro diante da aproximação da polícia.
O suspeito, John R. Houser, que tinha um histórico de doença mental e criticava o governo dos Estados Unidos na Internet, abriu fogo com uma arma calibre .40 cerca de 20 minutos após o início da comédia "Trainwreck", obrigando os espectadores apavorados a se abaixarem atrás das poltronas e correr rumo às saídas. Uma mulher acionou o alarme de incêndio.
"Este é um cinema normal em uma parte normal de uma cidade normal", disse o governador republicano Bobby Jindal, que foi à cena do crime na cidade de Lafayette para se reunir com a polícia e as vítimas. "Isto mostra simplesmente que estes atos insensatos de violência podem literalmente acontecer em qualquer lugar."
Antes de comprar um ingresso para a sessão das 19h, Houser estacionou seu Lincoln Continental azul perto da saída de emergência do cinema, o que a polícia disse ter parecido um preparativo para uma fuga rápida. Ele tinha trocado as placas do carro e colocado as chaves em cima de um pneu.
Disfarces como óculos e perucas femininas foram encontrados mais tarde no quarto de um motel local onde ele se hospedava. Houser tinha uma relação volátil com sua família, que disse que ele tinha um histórico de doença mental.
"Aparentemente ele estava determinado a atirar e escapar", afirmou o chefe de polícia de Lafayette, Jim Craft, que descreveu Houser como um "andarilho" desempregado de Phenix City, no Alabama.
Houser jamais voltou ao carro. À medida que a polícia acorria ao Cinema Grand 16, localizado perto das principais ruas de Lafayette, ele recarregou sua arma, retornou ao cinema e se matou, informou a polícia.
A corporação disse não saber por que o suspeito realizou o ataque em Lafayette, cerca de 90 quilômetros ao sudoeste da capital estadual, Baton Rouge.
"Certamente existe um motivo que podemos não descobrir, mas esse não é nosso objetivo no momento", declarou o coronel Mike Edmonson, da polícia estadual de Louisiana, aos repórteres.