(Reuters) - O acusado de assassinar 10 pessoas negras em um supermercado no Estado de Nova York se declarou inocente em 27 acusações de crimes de ódio e relacionados a armas de fogo após o massacre a tiros em Buffalo, anunciou um porta-voz do tribunal nesta segunda-feira.
O atirador acusado, Payton Gendron, de 19 anos, apareceu brevemente em um tribunal de Buffalo diante do juiz Kenneth Schroeder na manhã desta segunda-feira. Ele foi indiciado por 14 violações de crimes de ódio e 13 crimes de armas de fogo.
Procuradores terão 45 dias para apresentar informações aos advogados do réu, afirmou a encarregada de informações públicas do Departamento de Justiça dos EUA, Barbara Burns, à Reuters.
Gendron tem uma nova audiência de status marcada para o dia 9 de dezembro, disse Burns.
Gendron, que tinha 18 anos na época do atentado, está atualmente preso enfrentando 10 acusações de homicídio em primeiro grau e 10 acusações de homicídio em segundo grau na Justiça estadual.
O homem de Conklin, Nova York, pode enfrentar pena de prisão perpétua ou pena de morte caso seja condenado pelas acusações federais. Os procuradores precisam notificar o tribunal com antecedência se quiserem solicitar a pena de morte.
Autoridades dizem que o suspeito, que transmitiu o ataque em tempo real no serviço Twitch, é um supremacista branco que atacou o supermercado porque ele era frequentado principalmente por membros da comunidade da vizinhança predominantemente afro-americana de Buffalo.
(Reportagem de Brendan O'Brien em Chicago)