PARIS (Reuters) - O cidadão argelino suspeito de ter atropelado um grupo de soldados em um bairro de classe alta de um subúrbio de Paris com um carro alugado parece ser desconhecido dos serviços de inteligência da França, e não tinha ficha criminal, disse uma fonte da polícia nesta quinta-feira.
No final da quarta-feira investigadores fizeram buscas em vários endereços ligados ao suspeito de 36 anos, que foi cercado por policiais de unidades de elite em uma via expressa cerca de 260 quilômetros ao norte da capital.
O ministro do Interior, Gérard Collomb, disse que o incidente foi um "ato deliberado", e procuradores iniciaram uma investigação de contraterrorismo. A fonte da polícia disse que o suspeito se chama Hamou Benlatreche, confirmando reportagens da mídia local.
Não se acredita que Benlatreche esteja em uma lista do serviço secreto com pessoas ligadas ao islamismo radical, afirmou a fonte.
"Quando um suspeito está na lista, sabemos imediatamente", disse. "Mas neste caso não nos deram nenhuma indicação de que ele esteja".
O tio de Benlatreche o descreveu como um muçulmano fiel que orava regularmente e expressou choque ao ouvir que seu sobrinho foi ligado ao ataque.
"Eu não conseguia acreditar, isso nos deixou atordoados", contou Mohammed Benlatreche à BFM TV.
O ataque visou um grupo de soldados que iniciava uma patrulha matinal na área de Levallois-Perret, que abriga a agência de inteligência doméstica francesa e se situa a poucos quilômetros de pontos turísticos como o Arco do Triunfo e a Torre Eiffel.
Seis soldados ficaram feridos, três deles gravemente.