(Reuters) - Aung San Suu Kyi, líder deposta de Mianmar, parecia estar com boa saúde durante uma videoconferência nesta quarta-feira, disse um de seus advogados, e os Estados Unidos ordenaram a saída de todo o pessoal não-essencial de sua embaixada depois de semanas de violência decorrentes do golpe de 1º de fevereiro.
A ganhadora do Nobel, que está sendo mantida sob custódia desde que os militares tomaram o poder, queria se encontrar com os advogados em pessoa e não concordou com uma conversa mais abrangente por vídeo na presença da polícia, disse o advogado Min Min Soe à Reuters por telefone.
"Amay parece saudável, sua expressão é boa", disse Min Min Soe, usando uma expressão afetuosa que significa "mãe" para se referir a Suu Kyi.
Só os processos apresentados contra ela desde o golpe foram debatidos durante a videoconferência, disse o advogado.
Suu Kyi, de 75 anos, foi presa no mesmo dia da tomada de poder dos militares e enfrenta acusações que incluem a importação ilegal de seis walkie-talkies e violação dos protocolos contra o coronavírus.
Os militares também a acusaram de suborno em duas coletivas de imprensa recentes.
Seus advogados dizem que as acusações foram forjadas e refutaram a alegação de suborno, que consideraram uma piada.
Oponentes do controle militar concentrados nas cidades conclamaram uma frente unida com grupos insurgentes que enfrentam o governo há décadas em nome de mais autonomia nas regiões fronteiriças. Os militares dizem ser a única instituição capaz de manter a integridade do país.
(Da Redação da Reuters)