Por Sarah Wu
TAIPÉ (Reuters) - A probabilidade de uma guerra com a China no ano que vem é "muito baixa", disse uma autoridade de segurança de alto escalão de Taiwan a parlamentares nesta quarta-feira em meio a tensões acentuadas entre Taipé e Pequim, que reivindica soberania sobre a ilha.
Taiwan insiste que se defenderá se atacada, mas que quer manter a situação atual com a China, ainda que se queixe de incursões repetidas da Força Aérea chinesa em sua zona de identificação de defesa aérea.
"Acho que em geral, dentro de um ano, a probabilidade de uma guerra é muito baixa", disse o diretor-geral do Escritório Nacional de Segurança, Chen Ming-tong, em uma reunião de um comitê parlamentar de defesa.
"Mas há muitas coisas às quais ainda é preciso prestar atenção, chamadas de acontecimentos contingentes."
No início deste mês, a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, disse que Taiwan não será forçada a se curvar à China, mas reiterou um desejo de paz e diálogo com Pequim.
Excetuando qualquer "acontecimento contingente", disse Chen, "no próximo ano, dois anos ou três anos, durante o mandato da presidente Tsai, acho que não haverá problema".
Chen citou a pandemia de Covid-19 como exemplo de acontecimento inesperado que muda fundamentalmente a sociedade.
Também no início deste mês, a China realizou quatro dias consecutivos de incursões aéreas maciças na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan.