Por Ben Blanchard e Liz Lee
TAIPÉ/PEQUIM (Reuters) - Taiwan está vigiando um porta-aviões chinês, mas não espera uma grande escalada nas tensões, disse o governo nesta quinta-feira, depois que a China criticou uma reunião entre a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Kevin McCarthy.
McCarthy - a terceira autoridade no alto escalão da hierarquia de liderança dos EUA - e outros parlamentares republicanos e democratas se encontraram com Tsai na quarta-feira na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan em Simi Valley, na Califórnia.
A reunião ocorreu em um momento de baixa nas relações EUA-China e apesar das ameaças de retaliação de Pequim, que reivindica Taiwan como sua e nunca renunciou ao uso da força para colocá-la sob controle chinês.
O porta-aviões chinês, Shandong, foi localizado na quarta-feira e estava a 370 km da costa leste de Taiwan, disse o ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, a repórteres no Parlamento em Taipé.
"É um treinamento, mas o momento é bastante sensível, e ainda estamos estudando", afirmou Chiu.
Mais tarde, ele disse aos parlamentares que o navio estava a leste da ponta sul de Taiwan, e navios de guerra taiwaneses o monitoravam.
O Ministério da Defesa do Japão afirmou que o grupo chinês é formado por três embarcações, incluindo uma fragata e um navio de apoio, e que um navio de guerra japonês estava monitorando o grupo.
Disse que esta foi a primeira vez que o Japão viu o Shandong entrar no Pacífico.
O Ministério das Relações Exteriores da China se recusou a comentar sobre o porta-aviões.