LOS ANGELES - A primeira tempestade tropical a atingir Los Angeles em mais de 80 anos provocou inundações em partes do sul da Califórnia mais acostumadas com a seca, e as autoridades pediram à população que se mantenha segura enquanto começam a calcular o custo do dano.
O Serviço Nacional de Meteorologia rebaixou o furacão para uma depressão tropical, mas não antes de o governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarar estado de emergência para grande parte do sul da Califórnia, com alertas de enchentes até pelo menos 3h (7h em Brasília) de segunda-feira.
As áreas montanhosas e desérticas podem receber de 12 a 25 cm de chuva rara, quantidade que os desertos costumam ver em um ano, disseram os meteorologistas.
A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, disse que ainda estava preocupada que as pessoas pudessem baixar a guarda se Hilary as deixasse inicialmente ilesas, mas depois a tempestade voltasse para surpreender aqueles que não estavam preparados.
"Sabemos que pode ficar muito pior", afirmou Bass em coletiva de imprensa no domingo. “Minha preocupação é que as pessoas sejam um pouco desdenhosas e saiam quando precisamos que as pessoas fiquem em casa, para ficarem seguras”.
A previsão é que o centro de Hilary se mova rapidamente por Nevada na segunda-feira, e que a tempestade se dissipe no final do dia, disse o serviço meteorológico.
A tempestade havia passado pelo norte através da península de Baja Califórnia, no México. Ela matou pelo menos uma pessoa no México, provocando enchentes e destruindo estradas.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou que as agências federais transferissem pessoal e suprimentos para a região.
Autoridades disseram que os 75.000 sem-teto do condado de Los Angeles são especialmente vulneráveis, assim como os desfiladeiros nas encostas e as áreas recentemente devastadas por incêndios florestais.
Por precaução, os dois maiores distritos escolares do Estado, em Los Angeles e San Diego, cancelaram as aulas na segunda-feira.