CABO CANAVERAL (Reuters) - Astrônomos descobriram uma nova aplicação para a centenária teoria da relatividade de Albert Einstein, utilizando-a para medir diretamente o tamanho de uma estrela.
Em uma pesquisa publicada nesta quarta-feira, cientistas disseram ter utilizado o telescópio Hubble para verificar pequenas mudanças no trajeto da luz de uma estrela distante, à medida que ela passava por uma outra estrela relativamente próxima, conhecida como Stein 2051B.
Pesquisadores aplicaram as descobertas de Einstein para medir como a gravidade da Stein 2051B distorcia a luz de fundo da estrela, um fenômeno que o físico previu há mais de 100 anos. A técnica pode ser aplicada a outras estrelas.
"Foi como medir a movimentação de um pequeno vagalume em frente a uma lâmpada a 1.500 milhas de distância", disse o astrônomo Kailash Sahu, do Telescópio Espacial do Instituto de Ciências em Baltimore, durante coletiva de imprensa.
A pesquisa foi apresentada em uma reunião da Sociedade Astronômica Americana, em Austin, Texas, nesta quarta-feira, e também publicada na edição desta semana do periódico Science.
As mensurações mostram que a massa de Stein 2051B é cerca de dois terços a do Sol no Sistema Solar. É um tipo de estrela conhecida como "anã", que é o que todos os astros menores do que oito vezes o tamanho do Sol ficarão quando exaurirem seu combustível nuclear e entrarem em colapso, deixando apenas um núcleo quente.
"A coisa mais importante para estrela é sua massa", disse Saju. "Se soubemos a massa, sabemos qual será seu raio, quão brilhante será, quanto tempo vai viver, o que acontecerá quando morrer. Tudo depende da massa da estrela."
(Por Irene Klotz)