(Reuters) - Capitão do Brasil na Copa do Mundo de 2014, o zagueiro Thiago Silva vive a expectativa de voltar a ser titular da seleção nos próximos dois amistosos, espera se firmar na equipe e destacou o atacante Benzema como uma das forças da França, adversária de quinta-feira.
Thiago Silva foi favorecido pelo corte do companheiro de Paris Saint Germain David Luiz e deverá ser titular contra os franceses e o Chile, no domingo. A partida contra a França, no Stade de France, terá um sabor especial para o zagueiro, que joga num dos times mais populares do país.
"É como se fosse minha casa e em dias temos outra final com o Bastia (no estádio, pela Copa da França). É um preparativo...Em determinado momento acho que a torcida do PSG vai gritar meu nome", disse o zagueiro a jornalistas.
"Se eu for titular, vou ficar muito feliz. Vou procurar fazer o melhor para segurar minha vaga", completou ele, que está à disposição do técnico Dunga para ajudar nas informações sobre os adversários.
Capitão do Brasil no Mundial em casa, Thiago Silva ficou de fora da histórica semifinal contra a Alemanha por motivo de suspensão e após a Copa se lesionou. O zagueiro do PSG voltou a ser convocado para os jogos da seleção contra Áustria e Turquia, mas ficou na reserva da dupla titular formada por Miranda e David Luiz.
Thiago Silva espera um jogo difícil e de muita técnica na próxima quinta-feira. "A França cresceu muito; é um adversário muito forte, organizado e na frente eles têm muita qualidade com o Benzema", afirmou.
Além de Thiago Silva, Dunga tem como opção para a vaga de David Luiz o zagueiro do Corinthians Gil e o jovem Gabriel Paulista, um novato na seleção principal e que ganhou chance com o corte do também zagueiro do PSG Marquinhos. "Com muita humildade vim para buscar meu espaço", declarou o novato.
A seleção brasileira costuma ter dificuldades contra os franceses. O Brasil perdeu a final do Mundial de 1998 em Paris e foi eliminado por eles na Copa de 2006 nas quartas de final.
O grupo da seleção brasileira com 23 jogadores já está completo na França, e nesta segunda-feira Dunga comandou um treino leve, com ações táticas e cruzamentos, no estádio Sébastien Charléty, em Paris.
NEYMAR
Uma vitória sobre a França em Paris seria um bom "troco" da seleção brasileira 17 anos depois da decisão de 1998, de acordo com o atacante Neymar, que tinha apenas seis anos quando o Brasil perdeu aquela final.
"Lembro pouco, lembro dos gols, sofri e fiquei triste como todos os brasileiros. Mas futebol é isso; perder e ganhar", disse ele a jornalistas em Paris.
"Seria bom (dar o troco e vencer na casa deles). Uma vitória sobre a França em Paris...Vamos fazer de tudo para vencer a partida. É um time com grandes jogadores, com técnica e qualidade e ainda tem o Benzema", declarou.
Esse é o primeiro jogo da seleção brasileira em 2015. Após a Copa, o Brasil teve um desempenho surpreendente com seis vitórias em seis amistosos sob comando de Dunga.