CAIRO (Reuters) - Três pessoas foram mortas, incluindo um general do Exército, e pelo menos 20 ficaram feridas nesta sexta-feira por disparos feitos de um veículo em movimento e em confrontos que irromperam durante protestos de islâmicos em todo o Egito, disseram fontes de segurança e autoridades de saúde.
Havia uma forte presença policial à espera das manifestações, organizadas por um grupo salafista linha-dura que pedia o fim do governo do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, ex-chefe do Exército que liderou a deposição do presidente islâmico Mohamed Mursi, eleito democraticamente, no ano passado.
Em Matariya, centro dos protestos no início da noite no Cairo, um civil foi morto antes de as forças de segurança dispersarem a aglomeração, afirmaram as forças de segurança.
Horas antes das manifestações, um general de brigada do Exército foi morto e dois soldados foram feridos quando atiradores em um carro sem identificação abriram fogo em um estacionamento na vizinha Gesr al-Suez, declararam. Um dos feridos morreu mais tarde.
Com exceção de episódios esporádicos de violência, as aglomerações tiveram baixo comparecimento, especialmente em comparação com os protestos de milhões que levaram à queda de Hosni Mubarak em 2011.
Testemunhas das Reuters estimaram a quantidade de pessoas em Matariya, o maior protesto no Cairo, em não mais de 100. Mais tarde, o Ministério do Interior disse ter frustrado 10 ataques a bomba e prendido 224 pessoas em todo o país como parte da repressão aos protestos.