NOVA YORK (Reuters) - O traficante de drogas Joaquín “El Chapo” Guzmán compareceu a um tribunal norte-americano nesta sexta-feira, depois da surpreendente extradição do México, e se disse inocente das acusações de comandar a maior organização de tráfico de drogas do mundo durante uma carreira criminal de décadas.
"El Chapo”, que já realizou duas fugas espetaculares de prisões mexicanas e era um dos mais procurados traficantes de droga do mundo, esteve acompanhado de dois advogados durante a sessão numa corte federal no Brooklyn.
A extradição se deu na véspera da posse de Donald Trump, uma coincidência que segundo algumas autoridades representou um gesto de paz para o novo presidente dos EUA, que declarou que acabaria com Guzmán quando no cargo.
A Procuradoria-Geral mexicana negou que a decisão havia tido relação com a posse de Trump e disse que Guzmán enfrenta dez casos pendentes no México após a sentença norte-americana.
Guzmán, de 59 anos, vestia um macacão azul ao entrar na corte e ouvir as perguntas do juiz. Ele não pareceu usar algemas. Os advogados dele não falaram com os jornalistas.
(Por Nate Raymond e Jonathan Allen)