CAIRO (Reuters) - Um tribunal egípcio condenou o ex-candidato presidencial Abdel Moneim Aboul Fotouh e várias figuras de peso da Irmandade Muçulmana a longas penas de prisão neste domingo por acusações que incluem conspiração para derrubar o Estado.
Aboul Fotouh, que está na casa dos 70 anos e, de acordo com sua família, sofre de diversos problemas de saúde, foi condenado a 15 anos de prisão, sujeito a recurso, de acordo com a decisão do tribunal. Grupos de direitos humanos dizem que milhares de políticos, ativistas e jornalistas estão detidos no Egito após julgamentos injustos ou sem base legal.
Aboul Fotouh deixou a Irmandade Muçulmana em 2011 após divergências sobre o papel da religião na política e fundou o partido Egito Forte, mais centrista, lançando uma candidatura independente à presidência em 2012.
Mais tarde, o Ministério do Interior o acusou de se encontrar com líderes da Irmandade para provocar protestos, o que ele negou. Ele foi preso em fevereiro de 2018 depois de dar entrevistas criticando duramente o presidente Abdel Fattah al-Sisi, um mês antes de Sisi ser reeleito.
(Reportagem de Haithem Ahmed)