(Reuters) - O principal tribunal do Estado norte-americano da Virgínia determinou nesta quinta-feira que a cidade de Charlottesville pode retirar duas estátuas de Confederados, incluindo uma do general Robert E. Lee que esteve no cerne de uma manifestação mortal de brancos nacionalistas em 2017.
Ao reverter uma decisão do tribunal do circuito, a Suprema Corte rejeitou um processo apresentado por cidadãos que tentavam impedir a retirada de uma estátua de Lee e de uma em homenagem ao general Thomas "Stonewall" Jackson de parques municipais.
Em 2017, um plano municipal para retirar a estátua de Lee provocou uma manifestação de supremacistas brancos e neonazistas que se tornou fatal quando um carro lançado contra uma multidão matou Heather Heyer, manifestante de 32 anos que se opunha ao ato.
Semanas mais tarde, o conselho municipal de Charlottesville ordenou por unanimidade a remoção da estátua de Jackson de outro parque no distrito histórico do centro.
Quase quatro anos depois, a alta instância apresentou sua decisão no momento em que a nação atenta para o julgamento de um ex-policial branco de Mineápolis acusado de matar o negro George Floyd.
Desde que Floyd morreu sob custódia da polícia no ano passado, protestos contra o racismo ganharam ímpeto, inclusive apelos para retirada de estátuas que homenageiam líderes dos Confederados pró-escravidão da Guerra Civil dos Estados Unidos.
(Por Barbara Goldberg em Nova York)