Por Sumit Khanna e Arpan Chaturvedi
AHMEDABAD, Índia (Reuters) - Um tribunal da Índia condenou o líder do principal partido de oposição do país, Rahul Gandhi, nesta quinta-feira a dois anos de prisão sob acusações de difamação por um discurso de 2019 no qual ele se referiu a supostos criminosos como tendo o sobrenome do primeiro-minsitro, Narendra Modi.
Gandhi vai recorrer em um tribunal superior, mas sua prisão ou desqualificação do Parlamento seria um golpe para seu partido no Congresso antes das eleições gerais de 2024, que o partido de Modi é amplamente favorito para vencer.
A sentença foi proferida por um tribunal de magistrados na cidade de Surat, localizada no estado natal de Modi, Gujarat. O caso foi apresentado por um parlamentar de Gujarat do Partido do Povo Indiano (BJP), de Modi.
Gandhi, de 52 anos e descendente da dinastia política Nehru-Gandhi, estava presente no tribunal de Surat, que lhe concedeu fiança imediatamente e suspendeu a sentença por um mês.
Um assessor do governo federal, Kanchan Gupta, disse que Gandhi pode enfrentar a desqualificação imediata do Parlamento após a condenação, de acordo com uma ordem de 2013 da mais alta corte do país.
No discurso antes da última eleição geral em 2019, Gandhi se referiu ao primeiro-ministro e a dois empresários indianos fugitivos, todos de sobrenome Modi, enquanto falava sobre suposta corrupção no alto escalão nd país.
Nesta quinta-feira, Gandhi, um ex-presidente do Congresso que atualmente é um parlamentar influente, disse ao tribunal que seu comentário não era contra nenhuma comunidade.
(Reportagem de Sumit Khanna em Ahmedabad e Arpan Chaturvedi e Y.P. Rajesh em Nova Délhi)