Por Dan Williams
JERUSALÉM (Reuters) - Um tribunal israelense informou nesta quinta-feira que duas investigações policiais nas quais o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi questionado podem resultar em acusações de corrupção, e que procuradores estavam em conversas com um de seus antigos assessores seniores.
As revelações, feitas em uma ordem judicial limitando cobertura midiática dos casos, não nomearam Netanyahu. Mas aumentaram as especulações entre analistas legais israelenses de que o primeiro-ministro pode enfrentar acusação formal caso o ex-chefe de gabinete Ari Harow se torne testemunha do Estado.
Netanyahu negou qualquer ato irregular, e seu porta-voz disse em comunicado nesta quinta-feira que o premiê é alvo de uma “caça às bruxas, agora em seu auge, com objetivo de alterar o governo”.
“Isto é destinado a fracassar, por uma simples razão: nada irá aconteceu porque nada aconteceu”, disse o porta-voz.
Netanyahu havia sido questionado sob precaução pela polícia por conta do chamado Caso 1.000, lidando com presentes dados a ele e seus familiares por empresários, e Caso 2.000, relacionado às conversas que manteve com uma editora israelense.
Harow não retornou uma ligação da Reuters para comentários. Seu advogado se negou a responder relatos da mídia israelense nesta semana de que estava em conversas sobre testemunhar contra seu ex-chefe.
A ordem desta quinta-feira do Tribunal de Magistrados de Rishon LeZion informava que os dois casos envolviam “suspeita de prática dos crimes de suborno, fraude e violação de confiança”.
A ordem judicial restringiu a publicação de “quaisquer detalhes de negociações em curso com Ari Harow e conselho e a essência de questões recebidas durante as negociações”.