LONDRES (Reuters) - Um tribunal de Moscou ordenou nesta terça-feira que Yulia Navalnaya, viúva do falecido líder político da oposição russa, Alexei Navalny, fosse presa à revelia por dois meses.
O tribunal acusou Navalnaya, que vive fora da Rússia, de participar de um grupo “extremista”. A decisão significa que ela certamente será presa se entrar no país.
Navalnaya, 47 anos, entrou nos holofotes após a morte de seu marido em uma colônia penal no Ártico em fevereiro e disse que continuará lutando pelo que Navalny chamava de “a bela Rússia do futuro”.
Escrevendo no X na terça-feira, Navalnaya disse a seus apoiadores que não se concentrem na ordem judicial contra ela, mas na batalha contra o presidente russo, Vladimir Putin.
“Quando vocês escreverem sobre isso, por favor, não se esqueçam de escrever o principal: Vladimir Putin é um assassino e um criminoso de guerra”, disse.
“Seu lugar é na prisão, e não em algum lugar em Haia, em uma cela aconchegante com televisão, mas na Rússia -- na mesma colônia (penal) e na mesma cela de dois metros por três na qual ele matou Alexei”.
O Kremlin nega ter ordenado a morte de Navalny.
Desde a morte de seu marido, Navalnaya se reuniu com vários líderes ocidentais, incluindo o presidente norte-americano, Joe Biden, em São Francisco.
(Reportagem de Maxim Rodionov)