Por P.J. Huffstutter
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros do trigo negociados em Chicago subiram ainda mais nesta quarta-feira, estabelecendo uma nova máxima de três meses e meio, com o aumento da preocupação com a seca na Rússia, enquanto um ataque de drones a um porto fluvial ucraniano manteve a atenção nos riscos de guerra.
Os preços do milho também ampliaram os ganhos, atingindo um novo pico de três meses, apoiados pelo trigo e pela força do mercado de petróleo, após um ataque de mísseis iranianos contra Israel. [O/R]
Os futuros da soja caíram devido às perspectivas de chuvas benéficas na próxima semana no cinturão de soja ao norte do Brasil e pelas notícias de que a Comissão Europeia propôs adiar as novas regras antidesmatamento que, segundo os analistas, ajudaram a impulsionar a demanda por farelo de soja dos EUA em relação aos suprimentos da América do Sul nos últimos dias.
Na quarta-feira, a Comissão Europeia disse que proporia o adiamento da implementação de sua política de combate ao desmatamento em um ano, atendendo a pedidos de indústrias e países.
O contrato do milho mais ativo da CBOT teve alta de 3,50 centavos, a 4,325 por bushel, depois de atingir 4,3425 dólares por bushel, o maior valor desde 28 de junho.
A soja caiu 1,25 centavo, a 10,56 dólares por bushel. O trigo terminou em alta de 16,25 centavos, a 6,1525 dólares o bushel, depois de atingir 6,1725 dólares, o maior valor desde 14 de junho.
A agência de previsão do tempo da Rússia disse na quarta-feira que as condições de seca para as safras de inverno em algumas das principais regiões produtoras foram "piores do que o normal" em outubro.
Embora um trecho ocidental da região do Mar Negro tenha recebido chuvas significativas, a maior parte do cinturão de trigo de inverno da Rússia permaneceu seco, alimentando a opinião do mercado de que a Rússia poderá restringir suas exportações no final desta temporada.