BERLIM (Reuters) - Trinta anos após a queda do Muro de Berlim, a estrutura imponente que dividiu o Leste comunista do Oeste capitalista sobrevive em parques, praças e suvenires.
Quando alemães eufóricos subiram no topo do muro no dia 9 de novembro de 1989, quebrando-o com martelos, foi difícil imaginar que ele teria futuro.
Mas ele se tornou um sucesso de exportação. Pedaços do muro são enviados por todo o mundo como presentes oficiais, e é comum turistas em visita a Berlim comprarem pedaços de pedra de cores brilhantes que os vendedores dizem ter pertencido à construção – alguns têm até certificados de autenticidade.
Mas nem todos acreditam.
"Não existe tanto muro quanto está sendo vendido", disse Bernd Breitenbach, um transeunte de 67 anos no Memorial do Muro de Berlim.
Seções do muro são uma grande atração turística em Berlim.
Ver a Galeria do Lado Leste --um segmento do muro que artistas pintaram em 1990 e que continua de pé-- é obrigatório para os visitantes.
Muitos gostam de ser fotografados junto a uma pintura que mostra um Trabant --um carro clássico da Alemanha Oriental comunista-- rompendo o muro ou junto à imagem do ex-líder soviético Leonid Brezhnev e o ex-líder da Alemanha Oriental Erich Honecker se beijando --uma experiência que faz muitos refletirem.
"Acho que é bastante chocante ver como ele deve ter dividido comunidades e... estou pensando nos lugares em que ainda existem muros", disse Matthew Chaplin, turista inglês de 24 anos.
Daria Ustymenko, visitante ucraniana de 35 anos, disse: "Digamos que isso evocou alguns sentimentos, sentimentos muito profundos e impressões emotivas."
(Por Michelle Martin e Inke Kappeler)