DOHA (Reuters) - Forças israelenses invadiram o escritório da rede de mídia Al Jazeera na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, na madrugada deste domingo, e emitiram uma ordem militar para que as operações fossem encerradas, informou a empresa de comunicação.
O canal, que tem sede no Catar, exibiu imagens ao vivo de tropas israelenses entrando no escritório com as armas em punho e entregando uma ordem judicial militar ao chefe da filial de Ramallah, Walid al-Omari forçando o escritório a fechar por 45 dias.
Al-Omari disse que a ordem acusava a Al Jazeera de “incitação e apoio ao terrorismo” e que os soldados confiscaram as câmeras do escritório antes de sair, informou a Al Jazeera.
O ministro das comunicações de Israel, Shlomo Karhi, confirmou o fechamento em uma declaração que chamou a Al Jazeera de “porta-voz” do Hamas e do Hezbollah, do Líbano, apoiado pelo Irã.
“Continuaremos lutando contra os canais inimigos e garantindo a segurança de nossos heróicos combatentes”, disse ele.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos condenou a ação de Israel, dizendo que “essa decisão militar arbitrária é considerada uma nova violação contra os trabalhos jornalísticos e de mídia, que têm exposto os crimes da ocupação contra o povo palestino”.