Por Ali Sawafta
NABLUS, Cisjordânia (Reuters) - Tropas israelenses mataram 11 palestinos, incluindo pelo menos quatro homens armados e quatro civis, e feriram mais de 100 durante operação em uma cidade na Cisjordânia ocupada nesta quarta-feira, disseram grupos militantes e médicos.
Os militares israelenses confirmaram a operação em Nablus, dizendo que as tropas reagiram após serem atacadas enquanto tentavam deter militantes suspeitos de planejar ataques iminentes. Não houve baixas israelenses, disse um comunicado do Exército.
A facção militante palestina Jihad Islâmica disse que dois de seus comandantes de Nablus foram cercados em uma casa por tropas israelenses, provocando um confronto que atraiu outros homens armados. Explosões foram registradas e jovens locais atiraram pedras em veículos blindados de transporte de tropas.
Fontes palestinas disseram que os dois comandantes da Jihad Islâmica foram mortos junto com outro atirador. As mortes também incluíram pelo menos quatro civis, entre eles um homem de 72 anos e um menino de 14 anos. Autoridades médicas disseram que mais de 100 palestinos ficaram feridos.
Em uma entrevista a repórteres, um alto oficial militar israelense disse que o ataque durou cerca de quatro horas, com tropas sob fogo pesado vindo de telhados e homens armados em motocicletas.
Nablus e a vizinha Jenin têm sido foco de incursões de Israel após uma série de ataques letais de palestinos nas ruas de suas cidades.
Sessenta e dois palestinos, incluindo homens armados e civis, foram mortos em 2023, disse o Ministério da Saúde palestino. Dez israelenses e um turista ucraniano morreram em ataques palestinos no mesmo período, segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel.
"Condenamos o ataque da ocupação a Nablus e pedimos o fim dos contínuos ataques contra nosso povo", disse Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
(Reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi)