FILADÉLFIA (Reuters) - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, acabou nesta quarta-feira com uma lista negra de meios de comunicação que tinha atraído fortes críticas de defensores da liberdade de imprensa, permitindo que uma série de organizações de notícias voltem a obter credenciais para cobrir seus eventos de campanha.
Trump havia banido de acompanhar seus eventos o The Washington Post, o Politico e o Buzzfeed, que fizeram uma cobertura crítica ao candidato. As organizações proibidas continuaram cobrindo sua campanha, mas não eram capazes de obter credenciais para participar formalmente dos eventos.
A defensores da liberdade de imprensa condenaram veemente o banimento. A organização Repórteres sem Fronteiras classificou o banimento do Washigton Post, em junho, de um "ato de hostilidade" em relação aos meios de comunicação e uma grave violação da liberdade de imprensa.
Os repórteres das organizações proibidas muitas vezes tiveram acesso aos eventos de campanha de Trump como cidadãos comuns, mas estavam sujeitos a serem retirados para fora se descobertos por agentes de segurança.
"Eu acho que eles não podem me tratar ainda pior", disse Trump à CNN ao declarar o fim da proibição nesta quarta-feira.
Trump concorre contra a candidata democrata Hillary Clinton na eleição presidencial de 8 de novembro.
(Por Steve Holland)