Por Emily Flitter
NOVA YORK (Reuters) - O provável candidato presidencial republicano Donald Trump atacou as políticas e o histórico pessoal de sua rival democrata Hillary Clinton nesta quarta-feira, acusando a ex-primeira-dama de aperfeiçoar "a política do lucro pessoal e do roubo".
Em um discurso incendiário em Nova York que a campanha de Hillary chamou de "doido" e "hipócrita", Trump argumentou que a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos é parte de um establishment político que enganou os trabalhadores norte-americanos com acordos comerciais ruins e colocou a segurança nacional em perigo.
Tentando revitalizar sua postulação à Casa Branca depois de demitir seu gerente de campanha e registrar poucas doações nesta semana, o magnata pintou um quadro de Hillary como a de uma privilegiada sem ética.
"Hillary Clinton pode ser a pessoa mais corrupta que já buscou a Presidência dos Estados Unidos", afirmou, acusando-a de ter administrado o Departamento de Estado "como seu fundo de cobertura pessoal".
O ex-apresentador de reality show também repetiu acusações de que as decisões de Hillary como principal diplomata da nação foram influenciadas por doações à instituição de caridade de sua família, a Hillary Foundation, e entidades associadas.
Hillary e sua equipe negaram esta e outras acusações semelhantes, minimizando-as na qualidade de difamações com motivação política.
"A única coisa que Donald Trump ofereceu hoje foram mais mentiras hipócritas e teorias conspiratórias doidas", disse o porta-voz da democrata, Glen Caplin.
O Departamento de Estado disse não ter ciência de qualquer indício de influência indevida, embora tenha reconhecido que várias doações de governos estrangeiros deveriam ter sido submetidas ao conselho de ética do órgão para uma análise prévia e não foram – uma violação de um compromisso ético que a ex-senadora de Nova York assinou antes de assumir o cargo.
Trump ainda disse que Hillary demonstrou um tino político ruim durante seus quatro anos como secretária de Estado, revelando-se incapaz de deter o crescimento do Estado Islâmico, manter sanções rígidas contra o Irã ou evitar o caos na Líbia.
Na terça-feira, Hillary também partiu para o ataque contra Trump, dizendo que colocar o empresário do setor imobiliário na Casa Branca seria um desastre para a economia norte-americana.
Pesquisas de intenção de voto recentes deram a Hillary uma vantagem sobre seu adversário. Um levantamento Reuters/Ipsos desta semana revelou que 44,5 por cento dos eleitores prováveis apoiam Hillary e 35,5 por cento endossam Trump.
(Reportagem adicional de Jonathan Allen)