WASHINGTON/MOSCOU (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai assinar uma lei que impõe sanções à Rússia, disse a Casa Branca na sexta-feira, após Moscou ordenar um corte de centenas de postos diplomáticos nos EUA e dizer que vai confiscar duas propriedades diplomáticas dos EUA em retaliação.
O Senado dos EUA votou quase por unanimidade na quinta-feira por novas sanções contra a Rússia, forçando Trump a escolher entre uma posição mais dura contra Moscou e efetivamente acabar com suas esperanças de laços amigáveis com o país ou a vetar o projeto de lei, que vem em meio a investigações sobre um conluio entre sua campanha e a Rússia.
Ao assinar o projeto e torná-lo lei, Trump não poderá aliviar as sanções contra a Rússia a não ser que obtenha aprovação do Congresso.
A retaliação de Moscou, anunciada pelo Ministério de Relações Exteriores na sexta-feira, teve ecos de Guerra Fria. Se confirmado o movimento da Rússia, ele afetaria centenas de cargos embaixada dos EUA e seria mais pesado que a expulsão por Obama de 35 russos em dezembro.
A legislação é em parte uma resposta a conclusões de serviços de inteligência norte-americanos de que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais do país em 2016, além de uma punição adicional à Rússia por ter anexado a Crimeia em 2014.
Na noite de sexta-feira, a Casa Branca emitiu um comunicado dizendo que Trump vai assinar a lei após revisar sua versão final. O comunicado não fez referência às medidas de retaliação da Rússia.
A Rússia vinha ameaçando as retaliações há semanas, e sua resposta sugere que o país deixou de lado esperanças iniciais de melhores relações com Washington sob a administração Trump.
(Por Eric Beech e Andrew Osborn)