Por David Brunnstrom e Matt Spetalnick
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou nesta quinta-feira uma reunião planejada com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, mesmo depois de a Coreia do Norte cumprir a promessa de destruir túneis em sua instalação de testes nucleares.
Em referência à reunião com Kim marcada para o dia 12 de junho em Cingapura, Trump disse em carta ao líder norte-coreano: "Infelizmente, com base na raiva tremenda e na aberta hostilidade exibida em sua declaração mais recente, sinto que é inapropriado, neste momento, realizar esta reunião há muito planejada".
Trump descreveu o cancelamento como "uma oportunidade perdida", e disse que ainda espera encontrar Kim algum dia.
A Coreia do Norte havia novamente ameaçado mais cedo nesta quinta-feira desistir da cúpula com Trump, e afirmou estar pronta para um confronto nuclear com Washington se for necessário.
Em comunicado divulgado pela mídia norte-coreana, o vice-ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, criticou o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, por comparar a Coreia do Norte --um "Estado de armas nucleares"-- com a Líbia, onde Muammar Gaddafi abriu mão de seu ainda não terminado programa de desenvolvimento nuclear, depois sendo assassinado por combatentes apoiados pela Otan.
Também nesta quinta-feira, a Coreia do Norte explodiu túneis usados para testes nucleares, segundo a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.
(Reportagem adicional de Joyce Lee e Hyonhee Shin, em Seul; e Ben Blanchard, em Pequim)