(Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se referiu às pessoas presas pelo ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 como "reféns", durante um comício de campanha, sua mais recente ação para defender seus apoiadores envolvidos no motim.
"Eu os chamo de 'reféns do J-6', não de prisioneiros. Eu os chamo de reféns, o que aconteceu. E é uma vergonha", disse Trump em comício em Houston.
No início do evento, Trump fez uma saudação enquanto uma música de homens que foram presos por seu papel no ataque era tocada. O próprio Trump colaborou na criação da música do "Coral da Prisão J6"
O ataque foi uma tentativa de anular a derrota de Trump nas eleições para o presidente Joe Biden, que o favorito para a indicação republicana nas eleições 2024 continua alegando falsamente que foi resultado de fraude generalizada.
A música, "Justice for All", foi lançada em várias plataformas de streaming em março. Ela apresenta Trump recitando o Juramento de Fidelidade e os homens presos cantando o hino nacional dos EUA.
Trump já havia promovido a música antes, mas o uso da palavra "refém" marca seu mais recente esforço para retratar as pessoas envolvidas no ataque como mártires. O próprio Trump procurou retratar os quatro casos criminais contra ele como processos partidários, tornando a mensagem um ponto central de sua campanha presidencial de 2024.
Mais de 1.000 pessoas foram indiciadas em conexão com o ataque ao Capitólio. Quatro participantes morreram durante o incidente e cinco policiais morreram depois, alguns deles cometeram suicídio.
(Por Nathan Layne em Wilton, Connecticut, e Susan Heavey em Washington)