Por Jeff Mason e Eric Beech
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu indulto nesta quarta-feira ao seu ex-assesor de segurança nacional Michael Flynn, que se confessou culpado de mentir para o FBI durante investigação sobre a intromissão russa na eleição presidencial de 2016.
O indulto de Trump, que pode ser o primeiro de vários depois que ele perdeu a eleição presidencial de 2020 para o democrata Joe Biden, atraiu a condenação de democratas e outros críticos.
General do Exército reformado, Flynn se confessou culpado em 2017 por mentir ao FBI sobre as interações que teve com o embaixador da Rússia nos Estados Unidos nas semanas que antecederam a posse de Trump em janeiro de 2017.
Desde então, ele tentou retirar a confissão, argumentando que os promotores violaram seus direitos e o levaram a um acordo de confissão. Sua sentença foi adiada várias vezes.
"É uma grande honra anunciar que o general Michael T. Flynn recebeu o indulto pleno. Parabéns a @GenFlynn e sua família maravilhosa, sei que agora vocês terão um Dia de Ação de Graças verdadeiramente fantástico!", escreveu Trump no Twitter um dia antes do feriado de Ação de Graças nos EUA.
Este é o indulto de mais alto nível concedido por Trump desde que assumiu o cargo. Entre outros, o presidente republicano indultou grupo do Exército acusado de crimes de guerra no Afeganistão e Joe Arpaio, ex-xerife do Arizona e linha dura contra a imigração ilegal.
"Este indulto é imerecido, sem princípios e mais uma mancha no legado do presidente Trump que diminui rapidamente", disse o presidente do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados, Jerry Nadler, em um comunicado.