WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira estar considerando conceder perdão a cerca de 3 mil pessoas "que foram tratadas de maneira injusta", incluindo o falecido campeão de boxe Muhammad Ali.
"Nós temos 3 mil nomes. Estamos analisando. Dos 3 mil nomes, muitos desses nomes foram tratados de maneira injusta", disse Trump a repórteres no gramado da Casa Branca, antes de partir para uma cúpula do G7 no Canadá. Em alguns casos, suas penas são "grandes demais", disse.
Trump disse estar considerando conceder perdão a Ali, que morreu em 2016. O boxeador se recusou a servir às Forças Armadas norte-americanas em 1967, alegando ser objetor de consciência, e foi condenado a cinco anos de prisão. Ele nunca foi preso enquanto recorria da decisão, e em 1971 a Suprema Corte dos Estados Unidos anulou sua condenação.
"Estou pensando em alguém que todos vocês conhecem muito bem, e ele passou por muita coisa e não era muito popular naquela época", disse Trump. "Sua memória é muito popular agora. Estou pensando em Muhammad Ali. Estou pensando muito seriamente sobre isso".
Não ficou claro porque Trump estaria considerando um perdão, já que a condenação de Ali foi anulada.
Trump também disse que irá conversar com jogadores de futebol americano da NFL que têm demandado reformas na justiça criminal do país e pedir sugestões de pessoas que foram tratadas de maneira injusta.
(Reportagem de Jim Oliphant)