Por Gram Slattery
WASHINGTON (Reuters) - A campanha de Donald Trump, candidato republicano à Presidência dos EUA, disse nesta sexta-feira que dois grandes doadores liderariam uma equipe de transição formada para ajudar a avaliar o pessoal e elaborar políticas, caso o ex-presidente vença a disputa eleitoral em novembro.
A empresária Linda McMahon e o CEO da empresa de serviços financeiros Cantor Fitzgerald, Howard Lutnick, atuarão como copresidentes da transição, disse a campanha em comunicado. Dois dos filhos de Trump, Donald Trump Jr. e Eric Trump, juntamente com seu companheiro de chapa na disputa pela vice-presidência, o senador JD Vance, servirão como presidentes honorários.
McMahon, cofundadora e ex-CEO da franquia de luta livre profissional WWE, é presidente do America First Policy Institute, uma organização que elaborou algumas políticas propostas para um possível segundo governo Trump. Ela atuou como administradora da Small Business Administration durante a maior parte do mandato de Trump.
Já Lutnick surgiu como uma figura-chave na arrecadação de fundos para Trump, organizando uma coleta de fundos de 15 milhões de dólares para o ex-presidente nos Hamptons no início deste mês.
É prática padrão para campanhas presidenciais montar um esforço de transição nos meses que antecedem uma eleição. Mas não está claro quanta influência a equipe de transição de Trump terá, no final das contas, caso ele derrote a vice-presidente Kamala Harris, a candidata democrata, na eleição de 5 de novembro.
Trump demitiu grande parte da equipe de transição que ele havia instalado antes de vencer a eleição de 2016, após se desentender com o ex-governador de Nova Jersey Chris Christie, que liderou o esforço até meados de novembro daquele ano.
Na época, Trump expressou privadamente insatisfação com as escolhas de Christie para a equipe e preocupação com um escândalo político persistente que havia envolvido alguns dos ex-assessores do político.
Trump está mais focado agora na campanha, de acordo com várias pessoas que conversaram com ele, já que sua liderança nas pesquisas praticamente desapareceu nas últimas semanas, desde que Kamala substituiu o presidente Joe Biden no topo da chapa democrata.
(Reportagem de Gram Slattery)