Por David Morgan e Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus assessores cortejaram parlamentares republicanos moderados nesta quarta-feira para angariar apoio a uma proposta de reforma do sistema de saúde dos EUA e evitar outra derrota constrangedora em uma prioridade legislativa do governo.
Enquanto assessores presidenciais se preparavam para realizar reuniões e telefonemas para persuadir parlamentares céticos a respeito do projeto de lei da saúde, o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Paul Ryan, respaldava os esforços para incorporar mudanças no projeto que abordariam preocupações dos moderados a respeito da cobertura dos planos de saúde a pessoas com doenças preexistentes.
Fred Upton, Billy Long e Greg Walden, republicanos moderados que estão trabalhando na emenda, irão se encontrar com Trump na Casa Branca nesta quarta-feira, disse uma autoridade do governo sob condição de anonimato.
"Estamos fazendo progresso" nas mudanças propostas, disse Ryan no programa de rádio de Hugh Hewitt nesta quarta-feira.
Mas qualquer alteração que vise tranquilizar os temores dos moderados pode ameaçar o apoio de colegas conservadores que querem manter os custos do projeto de lei baixos.
A dificuldade de apaziguar as várias facções republicanas criou grandes obstáculos para a Casa Branca, que deseja que a Câmara vote a legislação até o final desta semana para descartar a Lei de Saúde Acessível de 2010 do ex-presidente democrata Barack Obama.
Os republicanos controlam a Casa Branca e as duas Casas do Congresso, e um fracasso da versão mais recente de um projeto de lei que pretende substituir o Obamacare prejudicaria Trump, que quer seguir em frente e tratar de outras iniciativas legislativas complexas, como a reforma tributária.
Trump, que durante a campanha eleitoral prometeu revogar o Obamacare em seu primeiro dia no cargo, começou a ligar pessoalmente aos parlamentares para salvar a legislação, noticiou o site Politico, citando duas fontes não identificadas.
A nova peça legislativa sofreu um golpe na terça-feira, quando Upton comunicou que não irá endossar a medida. Ele disse se opor à emenda, apoiada por membros do grupo conservador Caucus da Liberdade da Câmara, que permite que os Estados rejeitem doenças preexistentes em planos de saúde básicos.