Por Valerie Volcovici
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para permitir que designações de monumentos nacionais sejam rescindidas ou tenham suas áreas reduzidas, à medida que o governo busca abrir mais espaço em terras federais para perfuração, mineração e outras explorações.
O decreto de Trump é parte de um esforço de reverter muitas das proteções ambientais implementadas por seu antecessor, o presidente democrata Barack Obama, que Trump diz estarem prejudicando o crescimento econômico. A agenda de Trump tem sido comemorada pela indústria, mas tem irritado ambientalistas.
Desafios legais são esperados, já que nenhum outro presidente já rescindiu uma designação monumental.
Ao anunciar o decreto nesta quarta-feira, o republicano Trump disse que o uso de Obama do Ato de Antiguidades de 1906 para criar monumentos foi um “escandaloso abuso de poder federal” que permitiu que o governo federal “trancasse” milhões de hectares de terra e água.
O Ato de Antiguidades dá ao presidente a autoridade para transformar terras federais em monumentos nacionais para proteger recursos naturais, culturais ou científicos.
“Hoje estamos colocando os Estados de volta ao poder”, disse Trump, acrescentando que os Estados devem decidir qual terra é protegida e qual é aberta para desenvolvimento.
O secretário do Interior norte-americano, Ryan Zinke, disse a repórteres na noite de terça-feira que o decreto requer que ele revise cerca de 30 monumentos nacionais criados nas últimas duas décadas e recomende quais designações devem ser removidas ou alteradas.