Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que, diante da possibilidade de uma crise de caixa em sua campanha, gastaria "o que fosse preciso" do próprio dinheiro para financiar sua busca pela reeleição contra o democrata Joe Biden na votação de novembro.
O presidente, um republicano que está atrás de Biden nas pesquisas para eleição de 3 de novembro, disse a repórteres antes de partir para uma viagem à Flórida que a campanha tinha o dobro ou o triplo do que em 2016, mas que ele gastaria de seu próprio bolso se necessário.
"Se eu tivesse que fazer isso, eu faria", declarou Trump.
O New York Times informou que a supremacia financeira inicial de Trump sobre o ex-vice-presidente Biden neste ano havia evaporado, e que dos 1,1 bilhão de dólares que sua campanha e o partido arrecadaram do início de 2019 até julho, mais de 800 milhões de dólares já tinham sido gastos.
Biden e o Comitê Nacional Democrata arrecadaram 364,5 milhões de dólares em agosto, quebrando o recorde mensal de arrecadação de recursos para uma campanha presidencial. Trump e os republicanos não anunciaram seus números de agosto.
Trump foi questionado sobre quanto ele poderia gastar de sua fortuna pessoal. Ele teve que usar seu próprio dinheiro em 2016 para ajudar a pagar pela campanha.
"O que for preciso. Temos que vencer. Esta é a eleição mais importante da história do nosso país", disse.
Sob pressão pela forma com que tem lidado com a pandemia de coronavírus, Trump viajava nesta terça-feira para dois Estados cruciais para sua reeleição: Flórida e Carolina do Norte.
(Reportagem de Jeff Mason e Steve Holland)