WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que manteve no cargo a assessora da Casa Branca Omarosa Manigault Newman apesar de ela não conseguir fazer o seu trabalho porque ela o elogiava, na mais recente troca de farpas da briga pública entre dois ex-astros da televisão.
Trump disse que a ex-participante do programa "O Aprendiz" implorou por um emprego na Casa Branca, mas era odiada por outros funcionários, faltava ao trabalho e era "desagradável". Ainda assim, ele disse que orientou seu chefe de gabinete, John Kelly, a tentar acalmar as coisas com ela.
"Quando o general Kelly veio a bordo, ele me disse que ela era uma perdedora e nada além de problemas. Eu disse a ele para tentar resolver, se possível, porque ela só disse ótimas coisas sobre mim -- até que ela foi demitida!", escreveu Trump em uma série de publicações no Twitter.
Antes da divulgação do seu livro "Unhinged", que descreve seu tempo na Casa Branca, Omarosa, que é conhecida por seu primeiro nome, divulgou gravações de conversas que teve com Kelly e com Trump quando foi demitida, em dezembro.
A Casa Branca rebateu, dizendo que as gravações levantam questões sobre a integridade dela. A porta-voz Sarah Sanders disse no domingo que as gravações, incluindo uma na Sala de Situação da Casa Branca, mostraram "um desrespeito pela segurança nacional".
Perguntada se estava preocupada com quaisquer consequências judiciais, Omarosa disse ao programa "Today", da NBC: "Não, absolutamente não".
Omarosa era conhecida por ter sido repetidamente demitida no programa "O Aprendiz", da NBC, e foi uma das mais conhecidas apoiadoras afro-americanas de Trump durante sua campanha eleitoral de 2016.
"É triste que, com todas as coisas que estão acontecendo no país, ele tenha tempo para me insultar e insultar minha inteligência", disse ela à MSNBC em resposta aos tuítes de Trump. "Esse é o padrão dele com os afro-americanos, e ele não sabe como se controlar."
(Reportagem de Susan Heavey, Steve Holland e Mohammad Zargham)