Por Steve Holland e Alexander Winning
WASHINGTON/MOSCOU (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversaram nesta terça-feira pela primeira vez desde ataques aéreos norte-americanos na Síria em 4 de abril prejudicarem as relações entre os países e disseram que irão buscar um cessar-fogo na guerra civil síria.
Comunicados da Casa Branca e do Kremlin sugeriram que os dois líderes tiveram uma conversa produtiva que incluiu Coreia do Norte e luta contra militantes islâmicos no Oriente Médio.
Trump ordenou ataques aéreos em retaliação a um ataque químico que os Estados Unidos culparam o presidente sírio, Bashar al-Assad, gerando protestos da Rússia, aliada de Assad, que culpou rebeldes sírios pelo uso banido de gás nervoso.
A Casa Branca informou que os dois líderes concordaram que “todas as partes devem fazer tudo que podem para acabar com a violência” na Síria.
“A conversa foi boa e incluiu a discussão de zonas seguras, para alcançar paz duradoura por razões humanitárias e muitas outras”, informou a Casa Branca em comunicado.
O comunicado dizia que Washington irá enviar um representante para conversas de cessar-fogo na Síria em Astana, no Cazaquistão, na quarta-feira e quinta-feira.
O Kremlin informou que Putin e Trump concordaram em aumentar diálogos sobre encontrar maneiras de fortalecer um cessar-fogo.
“O objetivo é criar as condições para o lançamento de um processo real de resolução na Síria. Isto significa que o ministro das Relações Exteriores da Rússia e o secretário de Estado dos EUA irão efetivamente informar os líderes sobre progresso nesta direção”.
O comunicado da Casa Branca dizia que Trump e Putin também “conversaram sobre como resolver da melhor maneira a situação muito perigosa na Coreia do Norte”.