Por David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - O presidente Donald Trump encara dois prazos no Congresso dos Estados Unidos esta semana, enquanto democratas preparam-se para mudar o foco do inquérito de impeachment da apuração dos fatos à consideração de possíveis denúncias por má conduta em relação às suas tratativas com a Ucrânia.
O Comitê Judiciário da Câmara, liderado pelos democratas, tem a tarefa de considerar denúncias, conhecidas como artigos de impeachment, e deu a Trump até as 18h na costa leste (20h, em Brasília), de domingo, para dizer se ele ou seu advogado participarão da audiência de impeachment da quarta-feira.
O primeiro de uma série de procedimentos do Comitê Judiciário ouvirá depoimentos sobre o processo de impeachment, estabelecido na Constituição dos EUA, de um painel de especialistas legais que ainda não foi nomeado.
Audiências diante do comitê, que tem a responsabilidade de elaborar possíveis indiciamentos formais contra Trump, são um grande passo na direção de possíveis denúncias.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, que tomará a decisão final, ainda não disse se o presidente republicano deveria sofrer impeachment. Mas, em uma carta a apoiadores semana passada, ela afirmou que ele deveria ser responsabilizado pelas suas ações.
Trump nega ter feito qualquer coisa errada, chamando o inquérito de impeachment de “caça às bruxas”.
A Casa Branca ainda não indicou se participará dos procedimentos do comitê.
O presidente do Comitê Judiciário, Jerrold Nadler, também estabeleceu até as 17h na costa leste (19h, em Brasília) de sexta-feira para que Trump diga se formará uma defesa para a semana que vem, quando evidências contra ele serão examinadas.
Três painéis investigativos, liderados pelo Comitê de Inteligência da Câmara, devem emitir um relatório formal esta semana, quando os legisladores retornarem, na terça-feira, do recesso de Ação de Graças.
O relatório irá delinear as provas reunidas pelos comitês de Inteligência, Relações Exteriores e Fiscalização.