WASHINGTON (Reuters) - Donald Trump intensificou sua tentativa de fazer com que as acusações criminais contra ele por conta dos esforços para reverter sua derrota na eleição presidencial dos EUA em 2020 fossem retiradas, apresentando uma enxurrada de moções durante a noite e buscando novamente que o processo federal fosse arquivado.
Os três pedidos apresentados na noite de segunda-feira seguem a tentativa do ex-presidente norte-americano de arquivar o caso no início deste mês, citando imunidade presidencial, uma alegação que os promotores refutaram na semana passada.
Trump, que é o favorito à nomeação presidencial republicana, tentou adiar o julgamento federal em Washington, previsto para começar em março, para depois das eleições de novembro de 2024.
Ele foi indiciado por quatro acusações relacionadas às tentativas de interferir na contagem de votos e bloquear a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden em 2020 no caso, um dos quatro processos criminais que o ex-presidente enfrenta.
Em três ações durante a noite, seus advogados pediram ao Tribunal Distrital para o Distrito de Columbia que rejeitasse o caso, dizendo que a acusação era inconstitucional, falhou em explicar como ele violou quaisquer leis, e foi “seletiva e vingativa”.
Representantes do gabinete do procurador especial se recusaram a comentar, mas eles têm até 6 de novembro para apresentar a sua resposta ao tribunal.
Os advogados de Trump também pediram ao tribunal federal em Washington que eliminasse referências sobre indivíduos relacionados ao ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA, no qual apoiadores de Trump tentaram impedir a certificação do Congresso da vitória de Biden em um levante violento.
(Reportagem de Susan Heavey)