Por Susan Heavey e Se Young Lee
WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - O governo Trump criou uma força-tarefa para proteger os Estados Unidos do coronavírus da China que está se espalhando rapidamente pelo mundo, e prepara a retirada de mais cidadãos norte-americanos da cidade chinesa de Wuhan, o epicentro do surto.
Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, o Departamento de Estado norte-americano informou que o governo organizará voos de retiradas extras de Wuhan com capacidade para cidadãos particulares dos EUA, em 3 de fevereiro ou data próxima.
Não informou quantos aviões seriam disponibilizados para quantas pessoas, mas destacou que os passageiros estarão sujeitos a triagem, observações de saúde e requisitos de monitoramento.
Quase 200 norte-americanos, principalmente diplomatas e suas famílias, foram retirados de Wuhan esta semana e estão em quarentena voluntária em uma base militar na Califórnia.
Durante a noite, a Casa Branca anunciou a formação de uma força-tarefa presidencial para liderar a resposta do governo ao vírus, incluindo o monitoramento e a contenção da disseminação da doença.
O grupo de 12 pessoas, comandado pelo secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Alex Azar, tem se reunido diariamente esta semana e também fará com que os norte-americanos tenham as informações mais recentes sobre saúde e viagens, informou a Casa Branca em comunicado na noite de quarta-feira.
"O risco de infecção para os americanos permanece baixo, e todas as agências estão trabalhando agressivamente para monitorar essa situação em constante evolução e manter o público informado", afirmou o documento.
As principais autoridades do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o Instituto Nacional de Saúde, o Departamento de Segurança Interna, o Departamento de Transporte e o Departamento de Estado também participarão da força-tarefa, de acordo com a Casa Branca.
(Reportagem de Susan Heavey, em Washington, e Se Young Lee, em Pequim)