Por James Oliphant
DAVENPORT, Iowa, 13 Mar (Reuters) - O governador da Flórida, Ron DeSantis, tem mostrado que travar uma guerra cultural sobre educação pode atrair os eleitores, e agora Donald Trump quer entrar em ação.
O ex-presidente norte-americano, que está tentando outra candidatura à Casa Branca em 2024, deve fazer comentários sobre política educacional em um evento de campanha no importante Estado de Iowa nesta segunda-feira.
Muito do que se espera que Trump delineie parece ter sido copiado do manual conservador de DeSantis, incluindo proibições de ensinar a chamada teoria racial e “ideologia de gênero”, ao mesmo tempo em que dá aos pais uma voz maior em escolas locais, adotando uma “declaração de direitos dos pais".
“Parece que ele está tentando avançar em uma questão que DeSantis lançou antes dele”, disse David Kochel, um antigo agente republicano em Iowa que trabalhou para a campanha presidencial de Jeb Bush.
A pandemia de coronavírus deu origem a uma série de questões polêmicas em torno da educação que mobilizaram a base republicana nos anos desde que Trump deixou a Casa Branca. Governadores conservadores, como DeSantis e Glenn Youngkin, da Virgínia, se concentraram no que consideravam esforços excessivamente progressistas nas escolas públicas, incluindo ensino da história do racismo nos Estados Unidos e os conceitos de fluidez de gênero.
O foco nas lutas culturais na educação continuou enquanto os republicanos se preparam para batalhas primárias que virão.
DeSantis esteve em Iowa na sexta-feira, falando em dois eventos políticos que parecem preparar terreno para uma candidatura presidencial. Sua agenda educacional na Flórida foi um tema recorrente em seus comentários, e DeSantis creditou a isso o fato de ter conquistado a reeleição de forma convincente no ano passado.