WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não invocará privilégios executivos para bloquear o depoimento do ex-diretor do FBI James Comey no Congresso nesta semana, informou a Casa Branca nesta segunda-feira.
"Para facilitar uma análise rápida e minuciosa dos fatos solicitados pelo Comitê de Inteligência do Senado, o presidente Trump não irá declarar privilégio executivo em relação ao depoimento agendado de James Comey", disse a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders a repórteres.
Comey estava liderando uma investigação do FBI sobre uma suposta interferência russa na eleição presidencial dos EUA no ano passado e possível conluio com a campanha de Trump quando o presidente o demitiu no mês passado.
Os presidentes podem declarar privilégios executivos para evitar que funcionários do governo compartilhem informações.
Se Trump tivesse invocado o privilégio executivo, provavelmente teria criado a percepção de que o governo estava buscando esconder informações sobre a investigação do FBI a respeito da Rússia.
Segundo reportagens, Comey planeja falar sobre conversas em que Trump o pressionou a abandonar sua investigação sobre o antigo conselheiro de segurança nacional Mike Flynn, que foi demitido por não ter divulgado conversas com autoridades russas.
Comey tem depoimento marcado para falar pela primeira vez desde sua demissão diante do Comitê de Inteligência do Senado como parte da investigação do colegiado relacionada com a Rússia.
(Reportagem de Steve Holland e Julia Edwards Ainsley)