WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou nesta quinta-feira sua ameaça de cortar laços com a China um dia após o representante comercial do país, Robert Lighthizer, dizer ao Congresso que não via a dissociação das economias norte-americana e chinesa como uma opção viável.
"Não foi culpa do embaixador Lighthizer (ontem no comitê), nisso eu talvez não tenha sido claro, mas os EUA certamente mantém uma opção de diretriz política, sob várias condições, de uma total dissociação da China", disse Trump no Twitter.
As duas maiores economias do mundo têm se estranhado diante da condução da pandemia do coronavírus e da iniciativa chinesa de impor leis de Segurança sobre Hong Kong, além de outros pontos de tensão que pioraram neste ano.
No mês passado Trump indicou que as relações entre os dois países haviam se deteriorado ainda mais, dizendo que não tinha interesse em falar com o presidente chinês, Xi Jinping, no momento e sugerindo que poderia até cortar laços com a segunda maior economia global.
Lighthizer, ao ser perguntado sobre os laços entre EUA e China em uma audiência no Comitê Tributário ("Ways and Means") da Câmara dos Deputados na quarta-feira, afirmou que a questão era "complicada".
"Se eu acho que podemos dissociar a economia dos Estados Unidos da economia chinesa?", disse. "Não, eu acredito que isso era uma opção política anos atrás. Eu não acredito que seja uma opção razoável neste momento."
Seu gabinete não teve um comentário imediato sobre o tuíte de Trump.
(Reportagem de Eric Beech e Andrea Shalal)