BUDAPESTE (Reuters) - Donald Trump está pronto para renovar uma aliança conservadora com o primeiro-ministro nacionalista da Hungria, Viktor Orbán, disse o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos em uma mensagem de vídeo na sexta-feira.
Orbán tem sido um dos aliados mais próximos de Trump na Europa, onde os comentários do ex-presidente dos EUA sugerindo que ele não protegeria os países que não cumprissem os compromissos de gastos com a defesa da Otan causaram nervosismo entre os líderes.
Uma nova Presidência de Trump poderia facilitar as relações dos EUA com a Hungria, que tem sido criticada por Washington por seus laços estreitos com a Rússia e pela demora na ratificação da adesão da Suécia à Otan, com a qual Budapeste finalmente concordou em fevereiro.
"Estou ansioso para trabalhar em estreita colaboração com o primeiro-ministro Orbán mais uma vez quando eu fizer o juramento de posse como o 47º presidente dos Estados Unidos", disse Trump, chamando o líder húngaro de "grande homem".
A mensagem de Trump foi transmitida na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), o mais importante encontro conservador dos Estados Unidos, em Budapeste, o terceiro evento da CPAC na Hungria.
Os anos da Presidência de Trump trouxeram uma relação mais próxima entre os EUA e a Hungria depois que as administrações anteriores acusaram o governo de Orbán de restringir as liberdades democráticas, incluindo a liberdade de imprensa e a independência do judiciário.
"Como presidente, tive orgulho de trabalhar com o primeiro-ministro Orbán, que, por sinal, é um grande homem, para promover os valores e os interesses de nossas duas nações", disse Trump. "Nós reprimimos a imigração ilegal, protegemos nossas fronteiras, criamos empregos e defendemos nossas tradições e valores judaico-cristãos."
Orbán, que foi reeleito para um quarto mandato consecutivo após uma vitória eleitoral esmagadora em 2022, é visto por muitos da extrema-direita norte-americana como um modelo por suas políticas rígidas de imigração e apoio às famílias e ao conservadorismo cristão.
Trump se encontrou com Orbán na Flórida em março. Após o encontro, Orbán deu seu apoio ao ex-presidente e disse que somente o retorno de Trump à Casa Branca poderia trazer paz à Ucrânia.
(Reportagem de Anita Komuves e Gergely Szakacs)