Por Jeff Mason e Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se recusou a dizer nesta quinta-feira se ainda tem confiança no secretário de Justiça, William Barr, depois que Barr afirmou nesta semana que não havia sinais de fraudes nas eleições presidenciais norte-americanas do mês passado.
Barr disse à agência Associated Press em uma entrevista na terça-feira que o Departamento de Justiça não havia encontrado evidências de fraude eleitoral generalizada. Mas Trump, ao falar a jornalistas na Casa Branca, disse que Barr não havia buscado evidências.
"Bem, ele não fez nada. Então, ele não procurou", disse Trump no Salão Oval da Casa Branca. "Eles não procuraram muito, o que é uma decepção, para ser sincero com vocês, por que há uma fraude imensa."
Trump perdeu a eleição presidencial de 2020 para o democrata Joe Biden, mas se recusa a admitir a derrota e está buscando reverter os resultados na Justiça. A equipe jurídica de Trump já acusou Barr de falhar na condução de um inquérito apropriado ou de não auditar as máquinas de votação, uma tarefa que não compete ao Departamento de Justiça dos EUA durante uma eleição.
Barr disse à Associated Press que houve uma confusão em relação ao papel do Departamento nas eleições dos EUA, e que ações civis como o que está sendo levado adiante pela equipe eleitoral de Trump seriam o veículo legal mais apropriado.
Perguntado sobre se ainda tinha confiança em Barr, Trump disse: "Me pergunte isso daqui a algumas semanas. Eles deveriam estar analisando todas essas fraudes. Isso não é de caráter civil, ele pensou que fosse civil. Isso não é civil, é coisa criminal. É coisa criminal muito ruim."
Uma porta-voz do Departamento de Justiça se recusou a comentar as observações do presidente.