WASHINGTON (Reuters) - A Turquia concordou em permitir que os Estados Unidos lancem ataques aéreos contra militantes do Estado Islâmico a partir de uma base aérea em Incirlik, perto da fronteira com a Síria, disseram autoridades de Defesa norte-americanas nesta quinta-feira.
A decisão, revelada um dia após um telefonema entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente turco, Tayyip Erdogan, demonstra a relutância da Turquia em se engajar na luta contra o Estado Islâmico.
A Turquia tem enfrentando uma crescente insegurança ao longo de sua fronteira de 900 quilômetros com a Síria. Mais cedo nesta quinta-feira, turcos dispararam salvas de artilharia para além da fronteira após tiros do Estado Islâmico terem matado um soldado turco perto de Kilis, para onde Ancara havia recentemente enviado reforços.
A capacidade de realizar ataques com aviões tripulados a partir de Incirlik, uma grande base utilizada tanto por forças dos EUA quanto da Turquia, contra alvos na Síria pode ser uma grande vantagem. Tais missões eram realizadas principalmente a partir do Golfo.
Autoridades norte-americanas se recusaram a detalhar o acordo com a Turquia, e um porta-voz não quis confirmá-lo oficialmente, dizendo que cabia à Turquia essa confirmação. Autoridades turcas não quiseram comentar o assunto.