ANCARA (Reuters) - Serviços de segurança turcos que estão procurando três irmãs britânicas e seus nove filhos, que teriam se dirigido à Síria para se unirem aos militantes do Estado Islâmico, não têm ideia de onde elas estejam, disse uma autoridade turca nesta quarta-feira.
As muçulmanas britânicas Khadija, Sugra e Zohra Dawood e seus filhos, com idades entre 3 e 15 anos, foram dadas como desaparecidas há seis dias. Os maridos de duas das mulheres fizeram um apelo na terça-feira por seu regresso para casa.
O grupo voou em 9 de junho da Arábia Saudita, onde se pensava que estaria em peregrinação, para Istambul, disse o oficial de segurança turco. Suas famílias ficaram preocupadas quando elas não retornaram para a Grã-Bretanha em 11 de junho, como previsto, e a polícia britânica contatou no dia seguinte as autoridades turcas para ajudá-la na busca.
"Nós não temos ideia se elas estão na Turquia ou atravessaram a fronteira para a Síria. Estamos trabalhando para encontrá-las, mas não há qualquer vestígio delas até agora", disse o oficial. As autoridades britânicas estimam que mais de 700 britânicos viajaram para a Síria, e uma proporção significativa teria se unido ao Estado Islâmico, que se apoderou de vastas áreas do país e do Iraque.
A estimativa é que o Estado Islâmico tenha atraído milhares de combatentes estrangeiros, tendo boa parte atravessado antes a Turquia. O governo turco rejeita as críticas de alguns países ocidentais, que o acusam de não conter o fluxo, argumentando que as agências de inteligência precisam fazer mais para impedir seus cidadãos de se radicalizarem e viajar para a Turquia.
(Reportagem de Orhan Coskun e Nick Tattersall)